Três acusados de tentar roubar o investigador João Santana, 49 anos, no Jardim Prestes de Barros, segunda-feira (12) à noite, estão presos. Santana foi baleado no ombro esquerdo e reagiu. Fez disparo que atingiu José Henrique Macedo da Cunha, 18 anos, também no ombro, mas do lado direito. João Henrique foi deixado na Santa Casa após o crime e teve alta na terça (13). O investigador está internado no Hospital Samaritano e não corre risco de morte.
Os outros dois presos são Luan Leonardo Dias Vieira, o “Gordinho”, 21, e Pablo Hernandes Martins, 20. Há ainda um adolescente de 16 anos que participou do roubo e por enquanto não foi localizado, segundo o delegado José Humberto Urban Filho, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Os quatro pretendiam roubar um carro e de acordo com José Henrique não sabiam que se tratava de um policial.
O grupo usou o carro de um vizinho de Pablo para praticar o roubo, um Gol vermelho. Conforme o delegado, Pablo dirigia, e viram o carro do investigador, um Voyage, parado na avenida Carlos Soneti. Pablo parou do lado oposto da avenida e José Henrique e Luan desceram e foram até o Voyage. Luan estava armado de revólver.
Os dois teriam mandado o policial descer do carro. Ele, no entanto, estava armado de pistola. Houve troca de tiros que estilhaçaram os dois vidros laterais do lado esquerdo. Um dos disparos perfurou o vidro parabrisa. O tiro que feriu José Henrique entrou pela parte de trás do ombro e saiu pela frente. Mesmo ferido e ensanguentado, ele correu e junto com Luan fugiram no Gol, dirigido por Pablo e com o adolescente a bordo, descreve Urban.
Pablo deixou Luan na rua Bolívia, bairro Barcelona, e José Henrique na Santa Casa, que fica na avenida São Paulo. Com a informação de que um baleado deu entrada no hospital, policiais civis confirmaram que José Henrique participou do roubo ao policial, depois de receber o atendimento médico. Policiais militares de Votorantim prenderam Pablo na Vila Sabiá, onde o Gol foi apreendido. Dentro do carro havia manchas de sangue.
Policiais da DIG prenderam Luan em sua casa, no bairro Curtume, em Votorantim. O revólver usado no roubo não foi localizado pela polícia. “É possível que tenha sido enterrado no quintal da casa de Luan, que é grande”, observa o delegado. Os três serão indiciados por roubo seguido de lesão corporal (tentativa de latrocínio) e formação de quadrilha. Se condenados, só pela tentativa de latrocínio a pena varia de 5 a 15 anos de prisão. Santana é investigador da 7ª Corregedoria Auxiliar da Polícia Civil, sediada em Sorocaba.
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